quinta-feira, 26 de novembro de 2009

De volta ao país das maravilhas...

Alice in Wonderland é a mais nova produção Disney sob a direção de Tim Burton, o filme que se baseia no clássico Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, e sua continuação, Alice Através do Espelho (também conhecida como Alice no País do Espelho).

O filme será uma espécie de sequência do original, começando quando Alice, agora com 19 anos, descobre durante uma festa, que está prestes a ser pedida em casamento. Ela foge seguindo um coelho branco e vai parar no País das Maravilhas, um local que já havia visitado 10 anos antes mas não se lembrava mais.

O longa tem como elenco a estreante Mia Wasikoska no papel de Alice, o parceiro de longa data de Burton, Johnny Depp (de Piratas do Caribe) como o Chapeleiro Louco, Helena Bonham Carter (de Harry Potter e a Ordem da Fênix) como Rainha de Copas, além de contar também com a presença de Anne Hathaway (de O Diabo Veste Prada) como Rainha Branca e Alan Rickman (o Severus Snape da saga Harry Potter) no papel de Lagarta Azul.

Alice no País das Maravilhas, segundo Burton, será uma mistura de live-action com 3D (mesma técnica utilizada em Beowulf) e tem data de estréia prevista para 5 de março de 2010 nos Estados Unidos.



Trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=LjMkNrX60mA

Site oficial do filme:
http://disney.go.com/disneypictures/aliceinwonderland/

sábado, 21 de novembro de 2009

Poema concreto é preparado pelo Curso de Letras da Feevale

O Curso de Letras marcou presença no evento, “o Mundo Feevale 2009 - Mostra de Profissões”, com o poema concreto, “BEBA COCA COLA, de Décio Pignatari, confeccionado por professores e acadêmicos do curso. Foram utilizadas garrafas de coca-cola para compor cada uma das letras da poesia.
Trabalhando de forma integrada o som, a visualidade e o sentido das palavras, o poema concreto propõe novos modos de fazer poesia, visando a uma ”arte geral da palavra”. Foi colocado em prática a partir de 1950, pelos poetas, Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, José Lino Grünewald e Ronaldo Azeredo.
Essa forma de poesia apareceu em um momento no qual visava-se à construção de um Brasil mais moderno, colocando em prática formas renovadas de sensibilidade e de experiência, e acaba portanto, ampliando os parâmetros de discussão de poesia, ultrapassando o âmbito literário.














sábado, 7 de novembro de 2009

Poesia da semana



E aí, pessoal!!

O poema angolano da semana é de Agostinho Neto, poeta nascido em Caxicane, África, em 1922. Além de poeta era médico e, exerceu a profissão em Angola, Cabo Verde e Portugal. Suas obras: Quatro Poemas de Agostinho Neto, Poemas e Sagrada Esperança, foram traduzidas para várias línguas. O poema "O choro de África", que está aí pra que vocês possam ler e apreciar, nos remete a uma África que chora, a uma África que se ergue e se constitui como nação, buscando a construção da sua própria identidade.

O Choro de África

O
choro durante séculos
nos seus olhos traidores pela servidão dos homens
no desejo alimentado entre ambições de lufadas românticas
nos batuques choro de África
nas fogueiras choro de África
nos sorrisos choro de África
nos sarcasmos no trabalho choro de África

Sempre o choro mesmo na vossa alegria imortal
meu irmão Nguxi e amigo Mussunda
no círculo das violências
mesmo na magia poderosa da terra
e da vida jorrante das fontes e de toda a parte e de todas
[as almas
e das hemorragias dos ritmos das feridas de África
e mesmo na morte do sangue ao contato com o chão
mesmo no florir aromatizado da floresta
mesmo na folha
no fruto
na agilidade da zebra
na secura do deserto
na harmonia das correntes ou no sossego dos lagos
mesmo na beleza do trabalho construtivo dos homens

O choro dos séculos
inventado na servidão
em histerias de dramas negros almas brancas preguiças
e espíritos infantis de África
as mentiras choros verdadeiros nas suas bocas

O choro de séculos
onde a verdade violentada se estiola no círculo de ferro
da desonesta força
sacrificadora dos corpos cadaverizados
inimiga da vida
fechada em estreitos cérebros de máquinas de contar
na violência
na violência
na violência
O choro de África é um sintoma

Nós temos em nossas mãos outras vidas e alegrias
desmentidas nos lamentos de suas bocas – por nós!
E amor
e os olhos secos