quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Literatura e cinema

A literatura por si só é magnífica, pois consegue construir um universo em que o leitor se perde, descobrindo novos mundos, personagens e histórias; viajando pelo desconhecido sem sair de sua casa. O livro é o objeto mágico que, além de transportar as pessoas a esses lugares e épocas com um simples virar de páginas, abriga o desconhecido, nunca se sabe que aventuras serão encontradas nas páginas seguintes. O escritor é a peça-chave disso tudo, o mago que controla o passado, o presente e o futuro da narrativa, nada existiria sem ele; nem o Sol, as estrelas, os planetas ou os seres, ele é o criador de tudo... Onipresente e sempre pronto a colocar uma vírgula, um ponto ou o temido “fim” na última página.

O cinema, assim como a Literatura, é uma forma de arte, quanto a isso não há dúvidas. Ao sentar em uma poltrona, na sala escura do cinema ou mesmo em casa em frente à TV, para assistir a um filme, o espectador é quase que hipnotizado, dominado e, ao mesmo tempo, fascinado pela linguagem das imagens, como acontece na “Alegoria da caverna”, de Platão. Filmes provocam sensações, emoções e pensamentos na platéia, fazendo-a crer nas informações passadas na tela, transportando-a para o universo fílmico. Unir esse dois mundos em uma única obra é um feito inigualável, que reúne o poder das palavras com as imagens, cores e sons do cinema, representando a história da melhor forma possível, utilizando tando os recursos fílmicos quanto os literários.

Adaptações são necessárias para a transposição da forma escrita para uma forma visual, mais dinâmica, em que nem tudo precisa ser “falado” e emoções podem ser transmitidas por olhares e gestos. Um livro não passa ao leitor a mesma idéia visual que um filme, o escritor se mune de palavras para descrever seus personagens, lugares e passagens, dando a cada pessoa a liberdade de imaginar o universo presente no livro de sua forma pessoal; independentemente da opinião do autor, após escrito, cada personagem é imaginado de uma forma diferente, na individualidade do leitor.

Assim como diz Juracy Saraiva no livro Narrativas verbais e visuais: leituras refletidas, a narrativa fílmica mostra para narrar e a literária narra para mostrar*. O cinema não é “melhor” que a literatura, nem a literatura é “melhor” que o cinema. São formas artísticas diferentes, independentes até, que podem seguir sua trajetória tanto separadas como se complementarem, criando uma obra de arte única. E usando as palavras de Marinês Kunz, retiradas do mesmo livro, a mimese da mimese tem, portanto, brilho próprio na medida em que, simultaneamente, depende e independe do texto original**.
Júlia R. Cunha - Aluna do curso de Letras da Feevale
*SARAIVA, Juracy Assmann. Literatura e cinema: encontro de linguagens in Narrativas verbais e visuais: Leituras Refletidas – São Leopoldo: Editora Unisinos, 2003. p.26
**KUNZ, Marinês Andrea. Literatura e cinema: encontro de linguagens in Narrativas verbais e visuais: Leituras Refletidas – São Leopoldo: Editora Unisinos, 2003. p.65.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

De volta ao país das maravilhas...

Alice in Wonderland é a mais nova produção Disney sob a direção de Tim Burton, o filme que se baseia no clássico Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carrol, e sua continuação, Alice Através do Espelho (também conhecida como Alice no País do Espelho).

O filme será uma espécie de sequência do original, começando quando Alice, agora com 19 anos, descobre durante uma festa, que está prestes a ser pedida em casamento. Ela foge seguindo um coelho branco e vai parar no País das Maravilhas, um local que já havia visitado 10 anos antes mas não se lembrava mais.

O longa tem como elenco a estreante Mia Wasikoska no papel de Alice, o parceiro de longa data de Burton, Johnny Depp (de Piratas do Caribe) como o Chapeleiro Louco, Helena Bonham Carter (de Harry Potter e a Ordem da Fênix) como Rainha de Copas, além de contar também com a presença de Anne Hathaway (de O Diabo Veste Prada) como Rainha Branca e Alan Rickman (o Severus Snape da saga Harry Potter) no papel de Lagarta Azul.

Alice no País das Maravilhas, segundo Burton, será uma mistura de live-action com 3D (mesma técnica utilizada em Beowulf) e tem data de estréia prevista para 5 de março de 2010 nos Estados Unidos.



Trailer:
http://www.youtube.com/watch?v=LjMkNrX60mA

Site oficial do filme:
http://disney.go.com/disneypictures/aliceinwonderland/

sábado, 21 de novembro de 2009

Poema concreto é preparado pelo Curso de Letras da Feevale

O Curso de Letras marcou presença no evento, “o Mundo Feevale 2009 - Mostra de Profissões”, com o poema concreto, “BEBA COCA COLA, de Décio Pignatari, confeccionado por professores e acadêmicos do curso. Foram utilizadas garrafas de coca-cola para compor cada uma das letras da poesia.
Trabalhando de forma integrada o som, a visualidade e o sentido das palavras, o poema concreto propõe novos modos de fazer poesia, visando a uma ”arte geral da palavra”. Foi colocado em prática a partir de 1950, pelos poetas, Augusto de Campos, Décio Pignatari, Haroldo de Campos, José Lino Grünewald e Ronaldo Azeredo.
Essa forma de poesia apareceu em um momento no qual visava-se à construção de um Brasil mais moderno, colocando em prática formas renovadas de sensibilidade e de experiência, e acaba portanto, ampliando os parâmetros de discussão de poesia, ultrapassando o âmbito literário.














sábado, 7 de novembro de 2009

Poesia da semana



E aí, pessoal!!

O poema angolano da semana é de Agostinho Neto, poeta nascido em Caxicane, África, em 1922. Além de poeta era médico e, exerceu a profissão em Angola, Cabo Verde e Portugal. Suas obras: Quatro Poemas de Agostinho Neto, Poemas e Sagrada Esperança, foram traduzidas para várias línguas. O poema "O choro de África", que está aí pra que vocês possam ler e apreciar, nos remete a uma África que chora, a uma África que se ergue e se constitui como nação, buscando a construção da sua própria identidade.

O Choro de África

O
choro durante séculos
nos seus olhos traidores pela servidão dos homens
no desejo alimentado entre ambições de lufadas românticas
nos batuques choro de África
nas fogueiras choro de África
nos sorrisos choro de África
nos sarcasmos no trabalho choro de África

Sempre o choro mesmo na vossa alegria imortal
meu irmão Nguxi e amigo Mussunda
no círculo das violências
mesmo na magia poderosa da terra
e da vida jorrante das fontes e de toda a parte e de todas
[as almas
e das hemorragias dos ritmos das feridas de África
e mesmo na morte do sangue ao contato com o chão
mesmo no florir aromatizado da floresta
mesmo na folha
no fruto
na agilidade da zebra
na secura do deserto
na harmonia das correntes ou no sossego dos lagos
mesmo na beleza do trabalho construtivo dos homens

O choro dos séculos
inventado na servidão
em histerias de dramas negros almas brancas preguiças
e espíritos infantis de África
as mentiras choros verdadeiros nas suas bocas

O choro de séculos
onde a verdade violentada se estiola no círculo de ferro
da desonesta força
sacrificadora dos corpos cadaverizados
inimiga da vida
fechada em estreitos cérebros de máquinas de contar
na violência
na violência
na violência
O choro de África é um sintoma

Nós temos em nossas mãos outras vidas e alegrias
desmentidas nos lamentos de suas bocas – por nós!
E amor
e os olhos secos


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O CURSO DE LETRAS PRESENTE NA FIC – FEIRA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA FEEVALE

A Feira de Iniciação Científica (FIC) fortalece a investigação científica e a aplicabilidade de seus resultados, estabelecendo uma interação entre os membros da comunidade acadêmica e dessa com a comunidade externa, ao mesmo tempo em que possibilita, por meio desse diálogo, uma oportuna e exitosa troca de experiências.
Neste evento, o Curso de Letras teve a participação de vários acadêmicos. Com o trabalho A busca de um leitor proficiente por meio de eventos de letramento, a acadêmica Priscila Toni dos Santos trouxe uma pesquisa desenvolvida com os alunos do Projeto de Extensão Jovem Profissional, sob orientação da professora Ms. Simone Daise Schneider.
Outro trabalho que foi apresentado é Leitura diária: estudo dos gêneros literários, pela acadêmica Joice Momberger. O trabalho apresentado por ela foi realizado na disciplina de Seminário de Pesquisa e Prática Pedagógica em Letras III, sob orientação da professora Ms. Simone Daise Schneider.
A acadêmica Surian Seidl apresentou Ngunga: a representação do Novo-Homem angolano na ficção de Pepetela, um trabalho de pesquisa sobre literatura Luso-Africana, no qual buscou-se, na obra de Pepetela, nuances da constituição da identidade angolana e sua permeabilidade pelos olhos do menino Ngunga, personagem principal da narrativa. Essa pesquisa foi desenvolvida pela acadêmica sob a orientação do professor Dr. Daniel Conte.
A professora Drª Marinês Andrea Kunz orientou o acadêmico André Natã Mello Botton, com o trabalho Leitura e Cinema: Lavoura Arcaica.
A professora Drª Juracy Ignes Assmann Saraiva orientou o trabalho de pesquisa, As diferenças lexicais entre as duas versões de Quincas Borba e o zelo do artista. Esse trabalho foi desenvolvido por Patrícia Roberta Vidal - Ex-bolsista FAPERGS, Tatiane Kaspari - Bolsista Aperfeiçoamento Feevale- Voluntária e Simone Maria dos Santos Cunha - Bolsista Feevale- Voluntária. Além disso, a professora orientou, também, Andréia Alves de Oliveira - Bolsista PIBIC e Simone Maria dos Santos Cunha - Bolsista Feevale Voluntária, com o trabalho intitulado Significação das referências espaciais em Quincas Borba. Além de, Machado de Assis e sua presença nos livros didáticos do Ensino Médio: Obscurecimento ou Reconhecimento?, desenvolvido por Franciele Armandio - Bolsista Aperfeiçoamento Feevale- Voluntária.
Também foram apresentados no Seminário de Pós-Graduação que aconteceu durante a FIC, os seguintes trabalhos de pesquisa, desenvolvidos no Curso de Especialização em Lingua Inglesa: A aquisição e a capacidade comunicativa em língua inglesa, de Marina Trindade e A dimensão cultural nos livros didáticos de língua inglesa de Núbia Schenkel.

Bolsistas do Grupo Linguagens e manifestações culturais participaram do XXI Salão de Iniciação Científica da UFRGS/2009

A professora Drª Marinês Andrea Kunz orientou o acadêmico André Natã Mello Botton, com o trabalho Leitura e Cinema: Lavoura Arcaica. Já a professora Drª Juracy Ignes Assmann Saraiva orientou os trabalhos que seguem:

a) Projeto Redescobrindo o prazer de ler contos, das acadêmicas Simone Maria dos Santos Cunha e Franciele Amandio

b) As diferenças lexicais entre as duas versões de Quincas Borba e o zelo do artista, das acadêmicas Patrícia Roberta Vidal, Tatiane Kaspari e Simone Maria dos Santos Cunha
c) Significação das referências espaciais em Quincas Borba, das acadêmicas Andréia Alves de Oliveira e Simone Maria dos Santos Cunha

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Dicas musicais

As 100 maiores músicas brasileiras de todos os tempos.

A revista Rolling Stone consultou especialistas e colaboradores para opinar sobre quais seriam as maiores músicas brasileiras de todos os tempos. Assim, confeccionou uma lista com as 100 melhores.
Abaixo, publicamos as dez primeiras com o respectivo link para que vocês possam usufruir da boa música produzida na Terra Brasilis. E, se quiser conhecer a lista completa, a revista (edição de outubro) já está nas bancas.

Nº 1 - "Construção" - Chico Buarque - Ouça aqui.
Nº 2 - "Águas de Março" - Elis Regina & Tom Jobim - Ouça aqui.
Nº 3 - "Carinhoso" - Pixinguinha - Ouça aqui.
Nº 4 - "Asa Branca" - Luiz Gonzaga - Ouça aqui.
Nº 5 - "Mas Que Nada" - Jorge Ben - Ouça aqui.
Nº 6 - "Chega de Saudade" - João Gilberto - Ouça aqui.
Nº 7 - "Panis et Circencis" - Os Mutantes - Ouça aqui.
Nº 8 - "Detalhes" - Roberto Carlos - Ouça aqui.
Nº 9 - "Canto de Ossanha" - Baden Powell/ Vinicius de Moraes - Ouça aqui.
Nº 10 - "Alegria, Alegria" - Caetano Veloso - Ouça aqui.

sábado, 17 de outubro de 2009

Poesia Angolana

O poeta e ensaísta, Geraldo Bessa Victor é um dos grandes nomes da poesia angolana. Mestiço, nascido em Luanda em 1917, traduziu em versos a luta e o sofrimento do negro africano. Suas publicações, traduzidas em várias línguas são: Ecos Dispersos, Ao som das marimbas, Debaixo do Céu, Cubata abandonada e Monandengue. Vale a pena conferir e encantar-se com a poesia africana que, ainda hoje é desconhecida por muitos, sempre lembrando que, nós, brasileiros, somos África também.
Colocamos então, dois poemas de Geraldo Bessa Victor para vocês!!

Soneto Ao Mar Africano

Ó grande Mar, que banhas estas plagas
africanas, em ti ouço recados
dum mundo a outro mundo, nos teus brados
de prantos, risos, orações e pragas!

Na dramática voz das tuas vagas
escuto os que, nos séculos passados,
choraram nesse canto dos teus fados,
cantaram nesse choro em que te alagas...

Na tua voz eu ouço o Branco bravo,
que semeou Portugal nestes recantos
africanos, e ainda o Negro escravo

- ao mesmo tempo indômito e servil –
que regou com seu sangue e com seus prantos
a semente fecunda do Brasil!

(Cubata abandonada, 1957)


Eis-Me Navegador

Eis-me navegador. Um sonho abarco.
A Vida é Mar, a Vida é toda um Mar.
E quem tem alma e sabe o que é sonhar
- há-de lançar às águas o seu barco.

Herois – Fernão, Colombo, Gama, Zarco!
Mistério, assombro, - a vaga, a noite, o luar,
o espaço, o vento, a chuva, a nuvem, o ar...
- Adonde a calma, o rumo, o porto, o marco? –

Mas uma força interna me estimula
para que eu vença a onda e o vendaval,
tanto mais quando o vento brame, alula

e o Mar ameaça abrir o hiante seio...
Eu tenho a fé e o sonho de Cabral
em busca do Brasil do meu anseio!

(Debaixo do céu, 1949)

Dica de leitura do mês de outubro

Eu sei, eu sei, eu andava sumido, mas por uma boa razão!! Estava buscando algumas dicas de leitura pra vocês. Olhem só! O nome do escritor desse mês é Luiz Ruffato e a obra que eu indico tem como título: "eles eram muitos cavalos". Gente, gente, vocês não podem imaginar o que é essa obra. Para se ter uma ideia, ela é estruturada em forma de diário e a partir da primeira palavra que o leitor lê há um movimento de transferência entre narrador/narratário, passando ele (leitor) a ser o narrador. É isso mesmo, o narrador tradicional que a gente tá acostumado a encontrar, desaparece por completo, e nós, os narratários, passamos a ser o narrador do texto. É uma narrativa de uma significação violentíssima e de um silêncio pulsante que permeia toda a tessitura narrativa. O nervosismo da cidade grande, o anonimato do sujeito na modernidade, a agitação urbana, a indelicadeza da vida com uma gente marginal são alguns dos aspectos que estão registrados em "eles eram muitos cavalos". É isso aí!!! Há um silêncio incontido em cada página, um silêncio de covardia, de pasmice, de impotência, de hipocrisia contido em cada capítulo, em cada página, em cada palavra, em cada fonema. Luiz Ruffato é imperdível. Se queremos ler a boa literatura contemporânea, não podemos não ler Luiz Ruffato, um escritor que em qualquer lugar desse mundão que a gente vá, dá orgulho de dizer esse aí é um escritor brasileiro!!!!

Abrazo fuerte, Daniel Conte

Vem aí o novo filme de Almodóvar


Abraços Partidos (Los Abrazos Rotos) o mais novo filme de Pedro Almodóvar estreia em novembro. E o cineasta espanhol é (como disse Maradona quando da classificação sofrida da sua Argentina para o Mundial 2010) branco ou preto. Cinza, jamais. Ou seja, Almodóvar tem o poder de não deixar com que seus filmes sejam indiferentes ao expectador. Você gosta do filme. Ou não.
Na Espanha, a recepção da crítica não foi muito agradável. Também, a expectativa a um novo filme do diretor manchego sempre é enorme. E alguns se frustram. E, para o público? Branco e preto. Cinza? Jamais.
Agora é esperar novembro e ver qual a cor você vai preferir.



Sinopse
Há 14 anos, o cineasta Mateo Blanco (Lluís Homar) sofreu um trágico acidente de carro, no qual perdeu simultaneamente a visão e sua grande paixão, Lena (Penélope Cruz). Sofrendo aparentemente de perda de memória, abandonou sua posição de cineasta e preservou apenas seu lado de escritor, cujo pseudônimo é Harry Caine. Um dia Diego (Tamar Novas), filho de sua antiga e fiel diretora de produção, sofre um acidente, e Harry vai em seu socorro. Quando o jovem indaga Harry sobre seus dias de cineasta, o amargurado homem revela se lembrar de detalhes marcantes de sua vida e do acidente.


Curiosidades
- Penélope Cruz volta a trabalhar com Almodóvar. A oscarizada atriz já havia participado em Carne Trêmula, Tudo sobre minha mãe e Volver.
- Em Portugal, a tradução para o filme ficou “Abraços desfeitos”.
- Característica almodovariana: A metalinguagem já presente em Fale com Ela e Má Educação onde ficções são usadas dentro da ficção para tecer comentários sobre temas e estéticas do seu passado - toma conta de Abraços Partidos por completo. Garotas e Malas, o filme dentro do filme, é um Almodóvar à antiga: releitura kitsch de comédias de relacionamento e de melodramas hollywoodianos dos anos 50.
- Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=G5OFGv-P0Uo

domingo, 11 de outubro de 2009

DÉCIMO SALÃO DE EXTENSÃO DA UFRGS – O MUNDO DE QUEM ACREDITA

No dia 23 de setembro, a acadêmica do Curso de Letras Surian Seidl, orientada pela professora do Curso de Letras Simone Daise Schneider participou do Décimo Salão de Extensão da UFRGS – O mundo de quem acredita. Surian apresentou o trabalho desenvolvido em 2008 nas oficinas literárias realizadas em escolas do município de Novo Hamburgo. Essas oficinas foram realizadas pelo projeto de extensão Leitura, Literatura e Línguas: variação e identidade. O título do trabalho apresentado é Projeto de Extensão Comunitária Leitura, Literatura e Línguas, uma Forma de Inclusão na Educação da Contemporaneidade. O momento foi especial, pois as apresentações permitiram uma troca de experiências e vivências riquíssimas desenvolvidas pelas ações de extensão. Parabéns Surian!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Dica de leitura do mês de agosto

E aí, gente!!!

Minha dica de leitura do mês de agosto é do meu compadre Altair Martins. O cara é um escritor maravilhoso. Ganhou neste mês o Prêmio São Paulo de Literatura e, agora, está concorrendo ao Prêmio Jabuti - a maior premiação da literatura brasileira. Olha, ele ganhou o prêmio São Paulo com a obra "A parede no escuro", mas a minha sugestão é o livro de contos "Como se moesse ferro", pois é nele que Altair exerce a plenitude de seu exercício de escritor: desarticula a linguagem, gestanto a plasticidade como artifício de leitura, é algo surpreendente. Essa é a dica de agosto!

Professor Daniel Conte

Pra começar...

E aí pessoal!!!!

A partir de hoje vou estar aqui com vocês todas semanas, trazendo a boa poesia produzida aqui no Rio Grande do Sul e na África. Isso mesmo! Vamos conhecer mais sobre a nossa literatura e de uma das culturas que compõem nossa identidade, a negra. Além, claro, de excelentes dicas de leitura.
Pra gente começar a conversar, trouxe um dos grandes poetas brasileiros em plena atividade. É um professor nascido em Caxias do Sul nos dias quentes de dezembro de 1963. Eduardo Dall’Alba é o nome dele. Vocês não irão encontrar Dall’Alba em prateleiras de supermercados como muitos escritores que se pretendem poetas. Também não o encontrarão em programas de rádio dando opiniões sobre a crise mundial ou sobre os conflitos relacionais entre casais em crise no século do amor liquidificado. Dall’Alba é um profundo conhecedor da literatura brasileira, fez mestrado e doutorado sobre a poesia de Drummond e produz regularmente, sendo ganhador de vários prêmios. Extremamente exigente com sua própria produção, publicou entre outras obras As vinhas da lira (1997), Vinhedo das vontades (1997), Matéria do cotidiano (2001) e Monólogo do carregador (2004). Deixo com vocês dois poemas desse poeta que vale a pena ser lido. Até semana que vem.

Busca

Como buscar senão em mim
o ritmo que explique o açodado
como prever o ganho não achado
ou perdido mais que ganho
no intervalo entre o ser-não-ser?
o ritmo se expande e não corrompe
o compromisso tácito da aurora
e porque dançam, ritmo e palavra
há a possibilidade da lavra.

Avra estiatório

Vibra o telefone perto
vibra corda, o violoncelo
antes não vibrasse.

Toca a música do rádio
confusa a voz da tv
antes não tocasse.

A noite inteira acordado
a noite inteira sem sono
antes não tivesse.

Nasci torto, atravessado
boca presa, que pouco ri
antes, depois, é passado.

Aluna do Curso de Letras participa do V SIGET






Entre os dias 11 e 14 de agosto ocorreu, em Caxias do Sul, o V Simpósio Internacional de Estudos de Gêneros Textuais, com o tema “O ensino em foco”. No evento foram abordados assuntos relativos ao uso de gêneros do discurso na prática pedagógica e diferentes estudos relacionados ao assunto. Lá estavam presentes pessoas de diferentes regiões e países. Estudiosos como Bazerman, Dolz, Schneuwly e Rojo também participaram do evento.




Fernanda Lipp






quarta-feira, 24 de junho de 2009

Apresentação


Licenciatura plena que visa a formar profissionais com competência para atuarem como professores de Língua Portuguesa, Língua Inglesa ou Língua Espanhola e suas respectivas Literaturas em Escolas de Ensino Fundamental e Médio. Esses profissionais estarão aptos, também, a atuar em pesquisa, elaboração e revisão de textos. Já a partir do primeiro semestre, os acadêmicos são encaminhados para os espaços educacionais formais ou não-formais, onde realizam suas práticas, que totalizam 400 horas.

Todas as atividades práticas são previamente pensadas, elaboradas e planejadas de acordo com a fundamentação teórica analisada e discutida ao longo do curso.

O curso de Letras oferece Habilitação em Português e Inglês e respectivas Literaturas e Habilitação em Português e Espanhol e respectivas Literaturas. O currículo contempla a flexibilização, a participação em atividades acadêmico-científico-culturais e o aproveitamento da experiência docente dos acadêmicos. Realizam-se, ainda, 400 horas de estágio supervisionado.

Duração do curso: 07 semestres