quarta-feira, 26 de maio de 2010

Dicas de leitura


O gato esperto: Os mais belos
contos de fadas com bichos de todo o mundo

Em O gato esperto: Os mais belos contos de fadas com bichos de todo mundo, Heinz Janish apresenta contos dos mais variados lugares do mundo, da Coréia à América do Sul, passando pelo Japão, pela África, pela Inglaterra, pela Espanha e por inúmeros outros países. O escritor reconta as narrativas de forma bela e graciosa, transportando o leitor para um novo mundo a cada página.

O livro, publicado em 2007 pela Editora Moderna, é dividido em cinco capítulos: I.“E foi uma grande alegria no castelo”, II.“E todos animais caíram na gargalhada”, III.“Um dia os animais se reuniram...”, IV.“Quem diria que, com essa plumagem...”, V.“...E quem por último contou essa história ainda deve estar com a boca quente”; e tem tradução de Claudia Cavalcanti.

As ilustrações ficam por conta de Marion Goedelt, que com um belíssimo trabalho traduz com precisão, de forma colorida e trabalhada, os sentimentos e emoções dos personagens em cada imagem a ser explorada pelo leitor.


--------------------------------------------------------------------------------


Eleguá

Em Eleguá e a semente de cola, Carolina Cunha apresenta ao leitor o mundo dos orixás, contando a história de Eleguá, o filho mais novo – e mais espevitado – de Yemanjá, a mãe do mundo.

Eleguá, possuidor de uma cabeça pontuda e um olhar magnético, vivia enfeitado e paparicado pela mãe, que lhe atendia todas as vontades, sejam lá quais fossem. Após um exagero ao comer um galo, um bode e um boi e continuar pedindo mais comida, Yemanjá se enfureceu e castigou o jovem; as queixas nas semanas que se seguiram foram tantas que fofocas se espalharam e Eleguá acabou sendo convidado pelo rei da África a se retirar do convívio familiar.

Depois de algum tempo, já se sentindo solitário e querendo voltar às rodas familiares, Eleguá começou a procurar algo para presentear a família, pois queria que tudo voltasse ao normal, então, se decidiu por levar uma reluzente semente com “três olhinhos” que encontrou pelo chão da mata, o Obi, semente da noz-de-cola. Quando chegou até sua antiga casa, o jovem foi perdoado pelo pai, Obatalá, e o presenteou com a semente, que o pai aceitou com felicidade, embora não soubesse o que fazer com ela.

A semente acabou sendo esquecida por Obatalá e várias desgraças começaram a recair sobre o povo. A onda de má sorte havia sido causada por Eleguá como forma de se vingar por ter caído no esquecimento depois de ter se tornado um espírito e ter “alcançado a vida do outro lado”. Por fim, Eleguá exigiu que fossem feitas oferendas para ele, nos dias de folga obrigatoriamente, antes dos outros orixás e perguntou pela semente com que havia presenteado o pai. Assim, toda terra compreendeu que o caroço de obi tinha a propriedade de proporcionar adivinhações, bastava a castanha ser quebrada em quatro gomos.

As oferendas a Eleguá foram feitas e tudo terminou bem, dizem que atualmente Eleguá é fiel mensageiro dos que lhe fazem oferendas e ocupa cargo junto a ifá na adivinhação. O pequeno orixá também foi condecorado por Obatalá com o título de Guardião do universo, conhecedor de todos os caminhos e dono das chaves do destino. Assim a semente da noz-de-cola, obi, ficou enraizada como semente sagrada nas terras africanas, sendo considerada a melhor das oferendas.

O livro, lançado em 2007 pela Edições SM, ainda conta com belas e coloridas ilustrações feitas pela própria autora e com algumas notas ao final da história falando do jogo de búzios e outros aspectos da cultura afro.


------------------------------------------------------------------------------



ABC Afro-brasileiro

Em ABC Afro-brasileiro, Carolina Cunha consegue sintetizar cada assunto de forma clara e objetiva, por meio de “pílulas de conhecimento”, fazendo com que o leitor entenda com facilidade como é a cultura afro no Brasil, como são algumas de suas crenças e rituais, e quais as origens desta cultura tão rica.

O livro, lançado em 2007 pela Edições SM, é escrito e ilustrado por Carolina Cunha.

Nenhum comentário:

Postar um comentário